terça-feira, 18 de agosto de 2009

Rua vazia







Sentei numa cadeira da varanda. Olhava a rua. Só tem uma quadra. A maioria das pessoas chega ou volta por aí , pela da direita, no sentido da rua principal do Retiro. Um pouco de vento. Não subia muita poeira.




Não lembro de ter sentido um oco deste tipo em toda a minha vida. Uma dor inapelável. Não tem como tomar um copo de água e superar. Talvez ocupar-se de algo. Melhor fazia ela que foi dormir um pouco. Me sentia mais só ainda. Não havia com quem conversar.
Há poucos instantes, estive remexendo o lixo reciclável, onde foram lançados papéis e objetos, dispensados na limpeza das gavetas dele , na arrumação de malas na véspera. Coisa estranha.
Só olhava pro vazio da rua. Pensava comigo o quanto era comum olhar o filho sair de carro, subindo aquela rua. E o quanto é bom vê-lo chegar. Ou simplesmente ouvir o barulho de pneus no barro solta da rua. Daí pra frente isso iria demorar um pouco a acontecer.



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