quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Você é camaleão?

“Fulano fora de campo é uma moça! Dentro de campo o Fulano se transforma.” Quantas vezes tenho ouvido isso. Balela! Exceto nos comprovados casos psiquiátricos de dupla, tripla, pole personalidades, as pessoas tidas como normais são o que são o tempo todo. As características que cada um de nós carrega, afloram e se manifestam em maior ou menor grau, conforme as circunstâncias.


“Trato muito bem as pessoas. Mas não me pisem no calo, senão...” Idem.

Na prática, é uma questão de Q.E. (Coeficiente emocional). O grau de controle depende de cada um.

Os estímulos externos causam diferentes reações em cada indivíduo. As atitudes revelam então a personalidade do sujeito.

Um brigão dentro de campo também o será em situações similares de jogo, disputa.

Uma pessoa mal humorada no trabalho, tem esta tendência em outros ambientes também.

Portanto, é recomendável não insistir numa balelas maiores:

“Eu não misturo as coisas: quando entro no trabalho, concentro-me no trabalho, deixo os problemas de casa para trás.” Ou “Não misturo assuntos particulares com os profissionais”.

Quando chegamos em casa, fica mais fácil assumir que alguma coisa vai mal – ou vai bem - no trabalho. Nem precisa falar. Basta reparar nos gestos, no semblante.

Em suma, quando você é selecionado e aprovado num emprego – o “profissional” que é contratado vem acompanhado de um ser que tem vida particular. E graças a essa vida particular é que foram desenvolvidas as qualidades do profissional – seus valores, seus anseios.

Ora, não somos transformistas. Camaleões? Atores? Um pouco sim. Conforme a capacidade de interpretação teatral de cada um. De novo, na medida das habilidades individuais de lidar com cada situação.

Na essência, preservamos cada traço de nossa personalidade. E vivemos represamos os impulsos que temos , controlando a vontade de por pra fora o que sentimos, quebrar todas as amarras.

Isso tudo fica mais claro quando observamos espontaneidade de crianças. E também quando olhamos para os mais idosos, os que já não precisam fingir, dissimular, representar.

Antenor Figueira

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