Um meio moderno de aparecer.
Antigamente se recomendava prender um ventilador na cabeça e
bancar o helicóptero.
Um vale-tudo recheado de declarações de amor, de fotos dos
amores, da família, de lugares. Vídeos de qualquer coisa. São tiros pra todos
os lados. Não existe conceito de desperdício.
A lição “Fulano perdeu a oportunidade de ficar calado” por
aqui não existe.
Cria-se uma identidade e, de cara, pode-se escapar do
anonimato.
As postagens da
maioria sugerem um grito ao mundo do tipo “eu existo”.
Se a intenção é exposição, o(a) garoto(a) propaganda sou eu mesmo. Faça
como eu: leia isso, ouça isso, use
aquilo, coma isto. Promova-se!
Quanto mais “curtir” forem clicados nas suas coisas... mais pontos
de audiência.
É um mercado de curtição coletiva dos seres virtuais.
Enfim, um meio eficiente de obter aceitação. Ou rejeição. E
na vida real, lá onde o individuo ficou reduzido a um conjunto de gordura, pele
e osso embalado numa roupa cuja cor não se pode alterar instantaneamente num
clique.
(Xi, acho que joguei merda no (meu) ventilador!!)
Antenor Figueira
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
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