sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Facebook também é vitrine virtual da vaidade individual

Um meio moderno de aparecer.
Antigamente se recomendava prender um ventilador na cabeça e bancar o helicóptero.
Um vale-tudo recheado de declarações de amor, de fotos dos amores, da família, de lugares. Vídeos de qualquer coisa. São tiros pra todos os lados. Não existe conceito de desperdício.
A lição “Fulano perdeu a oportunidade de ficar calado” por aqui não existe.
Cria-se uma identidade e, de cara, pode-se escapar do anonimato.
As postagens  da maioria sugerem um grito ao mundo do tipo “eu existo”.
Se a intenção é exposição,  o(a) garoto(a) propaganda sou eu mesmo. Faça como eu: leia isso, ouça isso,  use aquilo, coma isto. Promova-se!
Quanto mais “curtir” forem clicados nas suas coisas... mais pontos de audiência.
É um mercado de curtição coletiva dos seres virtuais.
Enfim, um meio eficiente de obter aceitação. Ou rejeição. E na vida real, lá onde o individuo ficou reduzido a um conjunto de gordura, pele e osso embalado numa roupa cuja cor não se pode alterar instantaneamente num clique.
(Xi, acho que joguei merda no (meu) ventilador!!)
Antenor Figueira